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A Mente que Aprende: O Verdadeiro Caminho do Guerreiro Começa Onde o Ego Encerra o Debate

A Mente que Aprende: O Verdadeiro Caminho do Guerreiro Começa Onde o Ego Encerra o Debate

Por Jefferson Flausino No mundo das artes marciais tradicionais, somos ensinados desde cedo que o combate mais difícil não é contra o outro, mas contra nós mesmos. Contra a rigidez das nossas crenças, a defesa automática do ego, o medo de ser corrigido - e, sobretudo, a ilusão de que já sabemos o suficiente. Transpirar hoje para sobreviver amanhã. No Dojo , isso se revela nos pequenos gestos: quando o aluno interrompe para justificar um erro, quando repete o mesmo movimento sem escutar a orientação, ou quando reage com impaciência a um ensinamento que confronta suas certezas. É aí que começa, de fato, a arte do Bujutsu. O Dojo não é um palco. É um espelho. Ao contrário do que muitos imaginam, o Dojo não é um lugar de exibição, mas de revelação .Cada treino é um espelho onde o praticante, se estiver atento, verá muito mais do que técnicas: verá a si mesmo. Verá o quanto evita ser corrigido. O quanto se incomoda com autoridade. O quanto tenta impor seu estilo, mesmo sem saber o básico. A mente do guerreiro não nasce pronta. Ela é forjada no atrito. E esse atrito não vem do combate físico - mas da disciplina de ouvir e obedecer antes de querer compreender. Você não precisa concordar com tudo. Mas precisa estar disposto a aprender. Essa é uma máxima que se aplica com perfeição ao caminho marcial.Não é preciso gostar de todas as ordens do sensei, nem entender de imediato cada ensinamento transmitido. Mas é necessário humildade para escutar, disciplina para repetir e silêncio interior para absorver. Nas artes marciais tradicionais, isso é chamado de Shoshin  – a mente de principiante.É o estado daquele que se aproxima do Dojo não com arrogância, mas com reverência. Com sede de aprender, não com pressa de demonstrar. Ukemi: a arte de cair para aprender a levantar Talvez um dos maiores ensinamentos do Bujutsu seja a arte de cair bem . Cair com consciência, cair com dignidade, cair preparado. Ukemi  não é uma técnica de sobrevivência apenas. É uma metáfora da vida marcial: saber cair é aceitar ser derrubado pelo que ainda não dominamos  - e, ainda assim, levantar melhor do que antes. O aluno que não aceita cair, que resiste ao ensinamento por orgulho, cairá mesmo assim - mas sem aprender nada. M okuso: o silêncio que precede o combate interior Em muitos Dojos, iniciamos e encerramos a prática com mokuso  — o silêncio meditativo. Ele não é um momento de descanso. É um ritual de reintegração com a essência do caminho marcial . Ali, o praticante se despe do personagem, silencia a pressa, e se abre para algo maior: o vazio criativo onde o verdadeiro aprendizado acontece. É nesse silêncio que a frase ressoa com mais força: “Você não precisa concordar com tudo. Mas precisa estar disposto a aprender, para entender aquilo que acha que já sabe.” O verdadeiro guerreiro não luta para vencer, apenas. Ele luta para compreender. Ele compreende que o adversário externo é, muitas vezes, apenas um reflexo das batalhas internas. E que cada correção recebida, cada técnica ajustada, cada gesto de humildade cultivado - é uma vitória invisível sobre a ignorância que nos limita. Por isso, no Bujutsu, a força sem escuta não forma o guerreiro. Mas a escuta sem defesa, sim. Essa forma o espírito.

Zanshin: O Estado de Espírito na Arte Marcial Japonesa

Zanshin: O Estado de Espírito na Arte Marcial Japonesa

As artes marciais japonesas são muito mais do que apenas técnicas de combate. Elas são uma manifestação profunda da cultura japonesa, incorporando valores, filosofias e uma mentalidade única que vai além do treinamento físico. Um dos conceitos mais essenciais e reverenciados nessas disciplinas é o "Zanshin," que significa "estado de espírito alerta" ou "atenção contínua." Seja forte vencendo o que te enfraquece. Esse é o espírito de Zanshin! A Essência do Zanshin O Zanshin é um termo que engloba um tipo de simbiose dos estados mental, emocional e espiritual. Ele descreve a disposição psíquica de um artista marcial antes, durante e após a execução de uma técnica ou combate. Não se trata apenas de estar alerta, mas de manter um estado de consciência contínuo e uma presença plena na ação do momento. Origens Históricas O conceito de Zanshin tem raízes profundas no Bujutsu (artes marciais japonesas), especialmente nas disciplinas tradicionais como o Ninjutsu, Jujutsu (Jiu-Jisu), Kenjutsu entre outras. Acredita-se que o Zanshin tenha sido formalizado durante o período Edo (1603-1868), quando as artes marciais foram refinadas e codificadas em metodologias de ensino empregadas em escolas de artes marciais. Componentes do Zanshin O Zanshin compreende três componentes principais: 1. Atenção Plena (Mushin): Antes de iniciar qualquer ação, o praticante deve alcançar um estado de "Mushin," que significa "mente vazia." Isso não significa ausência total de pensamentos - até porque é impossível, mas sim a ausência de pensamentos prejudiciais ou perturbadores. É um estado de clareza mental que permite ao artista marcial reagir com rapidez e eficiência. 2. Aqui e Agora (Tada-ima): Durante a execução de uma técnica ou combate, o Zanshin exige que o praticante esteja completamente presente no momento. Cada movimento é realizado com intenção e propósito, e o artista mantém uma consciência aguçada de seu entorno. 3. Ato Resoluto e Foco Pós-Ação (Yokan): Após a conclusão de uma técnica ou confronto, o praticante não relaxa. Pelo contrário, ele mantém um estado de alerta para possíveis contra-ataques ou mudanças na situação. Esse aspecto do Zanshin reflete a ideia de que a batalha não termina com um único movimento; a vigilância deve continuar. Além das Artes Marciais Embora o Zanshin tenha suas raízes nas artes marciais japonesas, seu alcance não se limita a elas. Muitos praticantes levam esse conceito para fora do tatame ou do dojo (escola transcendente) e o aplicam em suas vidas diárias. O Zanshin pode ser útil em situações cotidianas, como tomada de decisões, resolução de problemas e até mesmo na maneira como lidam com as relações interpessoais. Aplicação na Vida Cotidiana 1. Tomada de Decisões: O Zanshin ensina a importância de se manter atento e focado ao decidir o que fazer. Em vez de agir impulsivamente, o praticante considera cuidadosamente as opções disponíveis, mantendo uma mente clara e objetiva. Isso pode resultar em escolhas mais assertivas. 2. Resolução de Problemas: Quando enfrentamos desafios ou obstáculos em nossas vidas, o Zanshin nos lembra de não nos desviarmos do curso. Em vez disso, devemos enfrentar os problemas com determinação e persistência, mantendo uma atitude alerta e resoluta. 3. Relações Interpessoais: Nas interações com outras pessoas, o Zanshin nos recorda da importância de estar completamente presente (Tadaima). Isso significa ouvir atentamente, responder de maneira adequada, ser sensível às necessidades dos outros e manter seu senso de autopreservação. O Zanshin pode melhorar significativamente a qualidade de nossas relações. A Busca Perpétua O Zanshin não é um estado que se alcança uma vez e se mantém para sempre. É uma busca contínua, uma jornada que exige prática incessante e autoconsciência. Os praticantes de artes marciais japonesas frequentemente dedicam suas vidas ao aprimoramento do Zanshin, buscando a maestria não apenas nas técnicas físicas, mas também no aprimoramento de sua mente e espírito.

O Mestre Jinichi Kawakami e a Relevância da Cultura Ninja: Lições Atemporais para a Vida Moderna

O Mestre Jinichi Kawakami e a Relevância da Cultura Ninja: Lições Atemporais para a Vida Moderna

No agitado final de semana dos dias 20, 21 e 22 de agosto de 2023, São Paulo teve a honra de receber uma visita ilustre que capturou a atenção não apenas dos amantes das artes marciais e da cultura japonesa como um todo, mas também daqueles fascinados pelo legado misterioso dos ninjas. Jinichi Kawakami Sensei (professor), considerado pela Universidade de Mie, no Japão, como o último ninja remanescente treinado nos antigos métodos de Shinobi Jutsu (arte do shinobi) também conhecido popularmente como Ninjutsu (arte do ninja)), desembarcou acompanhado de uma delegação de autoridades do governo da região de Mie, juntamente com os renomados professores Yuji Yamada e Katsuya Yoshimaru da Universidade de Mie. O objetivo? Divulgar o imaginário ninja, a arte do Ninjutsu, e incentivar o turismo temático em Mie e Iga Ueno, o epicentro da tradição ninja no Japão, repleto de templos, centros de treinamento, museus, restaurantes temáticos e escolas de artes marciais que integram a Assolação Ninja de Mie. Um seminário memorável, que contou com a colaboração de instituições renomadas como a Japan Foundation, Mie University, Japan House São Paulo e USP. Jinichi Kawakami, Soshike - título para sucessor de escolas, uma figura venerada no mundo das artes marciais japonesas e destacada no contexto do Ninjutsu, é apresentado pela Universidade de Mie como o último ninja hereditário do Japão, descendente da linhagem de praticantes de Ninjutsu da Família Ban do estilo Koka. Fundador da organização Banke Shinobinoden em 1980, Kawakami Sensei dedicou-se à preservação e promoção das técnicas e tradições do Ninjutsu Koka Ryu Banto. Através de livros, palestras, documentários, vídeos diversos e seminários, ele tem compartilhado informações valiosas sobre as habilidades, estratégias e filosofias que permeavam o mundo dos ninjas históricos. Kawakami Sensei ajudou a fundar a Associação Ninja de Mie e a estruturar, como Diretor Técnico, um programa de treinamento em artes marciais shinobi (termo mais antigo e correto para designar o ninja) chamado de Nindo (O Caminho Ninja), seu papel na disseminação da cultura do Ninjutsu é, portanto, aos olhos dos apaixonados pela cultura ninja, inegável. A discussão sobre sua hereditariedade histórica como o último ninja persiste, mas os apoios institucionais e acadêmicos, incluindo o título de Presidente de Honra concedido pelo Museu Ninja de Iga Ueno e o respaldo da Universidade de Mie, conferem um peso significativo a Kawakami Sensei. No entanto, é crucial observar que o termo "ninja" abrange uma diversidade de habilidades e técnicas, muitas delas mantidas em segredo e frequentemente não documentadas de maneira convencional. Identificar o último ninja genuíno com absoluta certeza é um enigma desafiador, embora Kawakami Sensei seja o nome mais forte intrincado nessa narrativa. Os estudos e pesquisas sobre a ortodoxia ninja continuam e todos os interessados podem ter acesso a esse material histórico e arqueológico através da Universidade de Mie. E, portanto, Jinichi Kawakami Soshike, treinado nas tradições do Ninjutsu por seu avô, Masazo Ishida, assume um lugar de destaque nesse cenário. Nesse complexo emaranhado de lendas, tradições e mistérios, a figura de Jinichi Kawakami Soshike emerge como um indivíduo de destaque na promoção aberta e preservação da cultura do Ninjutsu. Sua contribuição, independente de debates e controvérsias, é notável. Seja considerado o último ninja hereditário ou uma peça intrigante no quebra-cabeças ninja, Kawakami Sensei não deixa de desempenhar um papel crucial na compreensão moderna dessa fascinante arte e filosofia. E como podemos desfrutar, hoje em dia, da cultura ninja? A cultura ninja, embora frequentemente romantizada na mídia, tem elementos que podem ser úteis nos dias de hoje de diversas maneiras. Embora o termo "ninja" possa evocar imagens de habilidades marciais, coleta de informações entre outras espertises, os princípios subjacentes e as técnicas podem ser aplicados de forma mais ampla em várias áreas da vida moderna: 1. **Adaptação e Flexibilidade:** Os ninjas eram conhecidos por sua capacidade de se adaptar a diferentes situações e ambientes. No mundo de hoje, que está em constante mudança, a capacidade de se adaptar e permanecer flexível é uma habilidade valiosa. 2. **Estratégia e Planejamento:** Os ninjas eram especialistas em estratégia e planejamento, usando táticas inteligentes para alcançar seus objetivos. Essas habilidades são relevantes em negócios, tomada de decisões e até mesmo na vida pessoal. 3. **Foco e Disciplina:** A disciplina rigorosa era uma parte essencial da formação ninja. A habilidade de manter o foco em metas específicas e trabalhar com dedicação é crucial em qualquer empreendimento. 4. **Resolução de Problemas Criativos:** Os ninjas frequentemente se deparavam com situações desafiadoras e precisavam pensar de maneira criativa para superá-las. A habilidade de resolver problemas de maneira inovadora é fundamental em muitos aspectos da vida moderna. 5. **Autocontrole e Autodefesa:** As técnicas de autodefesa dos ninjas podem ser aplicadas para aumentar a confiança, a consciência situacional e o autocontrole, auxiliando na segurança pessoal. 6. **Sigilo e Privacidade:** Os ninjas eram mestres em manter informações confidenciais e agir de maneira discreta. No mundo atual, em que a privacidade é valorizada, essas habilidades podem ser aplicadas em ambientes digitais e sociais. 7. **Mindfulness e Meditação:** Muitas práticas ninja incluíam técnicas de meditação e atenção plena para desenvolver a concentração e a clareza mental. Essas práticas têm benefícios comprovados para a saúde mental e o bem-estar. 8. **Trabalho em Equipe e Liderança:** Ninjas frequentemente operavam em equipes, dependendo uns dos outros para atingir seus objetivos. As lições de trabalho em equipe, liderança e comunicação podem ser aplicadas em ambientes corporativos e sociais. 9. **Resiliência e Resistência:** A resistência física e mental era uma parte fundamental do treinamento ninja. Desenvolver a resiliência para enfrentar desafios e superar obstáculos é uma habilidade essencial na vida moderna. Em resumo, a cultura ninja pode oferecer uma rica fonte de ensinamentos e abordagens que se alinham com muitos aspectos da vida atual. No entanto, é importante separar os aspectos realistas e aplicáveis da cultura ninja das representações exageradas e fictícias presentes na mídia popular. Venha praticar Ninjutsu! Uma arte marcial real com filosofia e disciplina física para melhor gerenciar sua vida. Saiba mais em www.ninjutsubrasil.com.br

A Importância do Ninjutsu na Formação do Caráter e no Fortalecimento Integral do Corpo.

A Importância do Ninjutsu na Formação do Caráter e no Fortalecimento Integral do Corpo.

As artes marciais têm sido praticadas há séculos em diversas culturas ao redor do mundo. E certamente foi no oriente que essa arte se desenvolveu à sua máxima potência. Além de serem consideradas uma forma de autodefesa, que é a premissa da ancestralidade marcial, as artes marciais têm um valor muito mais profundo na construção e manutenção de valores construídos por homens fortes - no sentido mais autêntico da palavra. Elas desempenham um papel fundamental na formação do caráter, no fortalecimento integral do corpo e no combate às ilusões da vida que contaminam a mente humana. Uma abordagem profundamente sofisticada que abraça esses princípios é o conceito de Budo, que se origina do Japão pós primeira grande guerra e engloba não apenas a prática física, mas também uma rica filosofia de vida. O Budo, em linhas gerais, busca a integração do corpo, mente e espírito através de uma disciplina física e mental veemente, promovendo o autodesenvolvimento e o domínio de várias faculdades cognitivas e físicas. Seja forte identificando, primeiro, suas reais fraquezas e, depois, com resiliência, disciplina e coragem as supere uma a uma Dentro do contexto do Budo, o Ninjutsu, a arte shinobi (ninja) praticada nos dias de hoje, é uma das mais conhecidas do imaginário popular em virtude da clássica figura do ninja. O Ninjutsu não se limita apenas às técnicas de combate, mas também abrange aspectos como estratégia militar e psicológica, investigação, sobrevivência em diferentes cenários etc. Ele ensina a importância da adaptabilidade total, do controle emocional e do pensamento estratégico. Esses ensinamentos, praticados de forma análoga à tradição e metaforicamente comparados aos cenários antigos de guerra são valiosos tanto dentro como fora do tatame, permitindo que os praticantes enfrentem os desafios da vida moderna com resiliência e coragem. Além disso, as artes marciais genuínas, incluindo o Ninjutsu, promovem valores fundamentais como hierarquia, disciplina e respeito às tradições de valor. A hierarquia ensina aos praticantes a importância de respeitar os mais experientes de hoje e do passado, que em sua grande maioria morreram para manter esses ideais vivos e aprender com eles, enquanto a disciplina desenvolve a capacidade de perseverar, superar limites e manter o foco independente do cenário desfavorável que se apresente. O respeito às tradições é um aspecto essencial, pois permite que os praticantes se conectem com a história bélica e a cultura mais autentica da arte marcial, valorizando e preservando a sabedoria dos mestres que vieram antes deles. Além dos benefícios no fortalecimento do imaginário, a prática das artes marciais também proporciona um fortalecimento físico notável. Os treinos intensivos ajudam a desenvolver força, resistência, flexibilidade e coordenação motora para níveis extraordinários. O corpo se torna mais ágil e integralmente saudável, o que contribui para uma vida plena e ativa em todos os sentidos – principalmente na capacidade de enfrentar e superar desafios. Não há vitória sem merecimento, não há merecimento sem sacrifício e não há sacrifício sem a inabalável certeza da transcendência. Por fim, as artes marciais, como o Ninjutsu, que é a minha expertise, oferecem uma oportunidade única de enfrentar a dúvida, as fraquezas do corpo e as ilusões da mente e da vida. Através do treinamento, os praticantes aprendem a superar medos, limitações e falsas crenças. Eles são desafiados a confrontar suas próprias vulnerabilidades e a se tornarem mais conscientes de si mesmos e, como resultado maior, mais fortes e determinados. Em resumo, verdadeiramente a prática de artes marciais, como o Ninjutsu, vai além do aspecto físico e tático. Ela oferece uma jornada segura e sem volta de autodescoberta, aprimoramento físico e espiritual e conquista de uma Vida Interior. Ao abraçar os valores do Budo e os ensinamentos das tradições marciais legítimas, os praticantes encontram uma maneira de fortalecer o corpo, desenvolver o caráter e combater as ilusões que enfraquecem o bom espírito de combate. Lembre-se: Não há vitória sem merecimento, não há merecimento sem sacrifício e não há sacrifício sem a inabalável certeza da transcendência. Isto é, a força inesgotável que leva o indivíduo à vitória é aquela que se alimentada da chama da verdade, por toda uma vida. Seja forte identificando, primeiro, suas reais fraquezas e, depois, com resiliência, disciplina e coragem as supere uma a uma. E não tenha pressa, pois esse é o esforço de toda uma vida. Afinal, a vida é treinamento!

"Não busque a segurança, busque a força!"

"Não busque a segurança, busque a força!"

Desenvolvendo a Força Através da Prática do Budo No mundo atual, onde muitos buscam a segurança e o conforto, há uma voz que nos lembra da importância de buscar a força, e essa voz é a consciência sobre a realidade. Afinal, a força é o que nos capacita a enfrentar os desafios que a vida nos apresenta, independentemente do que queremos que seja ou achamos que deveria ser. E uma das formas mais poderosas de desenvolver essa força é através da prática do Budo. O Budo, como você bem sabe, não é apenas um termo genésico moderno para artes marciais japonesas, é, antes de tudo, uma filosofia prática e um conjunto de disciplinas marciais japonesas que têm como objetivo central o aprimoramento do indivíduo, tanto físico quanto espiritualmente. Nessa jornada de desenvolvimento, a força desempenha um papel fundamental. Ao praticar o Budo, seja o Ninjutsu, Karatedo, Iaido ou qualquer outra arte marcial do Budo, somos desafiados a sermos fortes em diversos aspectos da vida que, metafórica e analogamente, são apresentados durante o Keiko (treinamento). Não se trata apenas de ter uma capacidade de defesa, mas sim de desenvolver uma boa capacidade de ataque. Através dos ensinamentos dos mestres ancestrais e das técnicas específicas de cada disciplina, aprendemos a utilizar nossa energia combativa de forma eficiente e assertiva. Napoleão, um grande estrategista militar, dizia: "Ataque, ataque, ataque. Nunca pare." Essa mentalidade de sempre avançar, de não se deter diante dos obstáculos, é um dos pilares do Budo. Ao praticarmos as técnicas de combate e aperfeiçoarmos nossas habilidades, internalizamos esse ensinamento e nos tornamos mais fortes mentalmente, prontos para enfrentar qualquer situação com determinação e sagacidade. Quando você busca uma garantia sempre terminará mal. Essa é uma regra que você não pode esquecer. No Budo, em minha visão, aprendemos também que buscar garantias é um caminho para o fracasso. A vida é incerta e não podemos nos apegar a falsas seguranças, pois elas nascem em pensamentos motivados por cenários, muitas vezes, desconectados da realidade – e não há estabilidade ou firmeza fora da realidade. Em vez disso, desenvolvemos uma mentalidade resiliente, que nos permite lidar com as adversidades de forma corajosa e determinada. Além disso, a prática do Budo nos ensina a controlar nossas emoções e a direcionar nossa energia de forma imperativamente adequada a cada situação. A emoção é uma resposta do ser completo diante de um objeto, e no Budo aprendemos a reconhecer e utilizar essa emoção de maneira racional. Ao canalizar nossa energia emocional de forma adequada, somos capazes de reagir com clareza e assertividade, evitando erros demasiados de julgamento. O desenvolvimento da força física também é uma parte essencial da prática do Budo. O treinamento intensivo e disciplinado fortalece nosso corpo, aumenta nossa resistência e nos torna mais ágeis. Através de exercícios específicos, como o fortalecimento muscular e o condicionamento cardiovascular, construímos uma base sólida de força física, essencial para a prática eficiente das técnicas marciais. Quando começar a bater não pare, se não você começará a apanhar. Por fim, o Budo nos ensina que a força não se limita apenas ao aspecto físico. A verdadeira força reside na conexão entre o corpo, a mente e o espírito. A disciplina física do Budo se estende ao desenvolvimento espiritual, ajudando-nos a cultivar valores como a humildade, a perseverança e o respeito. Esses valores, aliados à prática constante, nos fortalecem internamente e nos capacitam a enfrentar os desafios do mundo exterior de cabeça erguida, provocando medo nos covardes, respeito nos corajosos e autonomia existencial. A prática do Budo nos proporciona, indiscutivelmente, uma jornada de autodesenvolvimento, onde descobrimos nossos limites e superamos barreiras físicas e mentais. Ao nos desafiarmos a cada treino, aprendemos a lidar com o desconforto, a persistir diante das dificuldades e a cultivar uma mentalidade resiliente. Essa forma de ser se estende para além dos tatames ou do Dojo, permeando todas as áreas de nossa vida. A verdadeira capacidade de vencer não está apenas em buscar a segurança, mas sim em forjar a chama inextinguível da força interior! Além disso, o Budo nos ensina o valor da disciplina e da dedicação, da hierarquia e da meritocracia – colhendo os bons frutos do seu esforço. A prática regular e consistente é fundamental para o desenvolvimento da força física e mental. Através da repetição das técnicas e do aprimoramento gradual, fortalecemos nossa musculatura, aprimoramos nossa coordenação motora e desenvolvemos uma postura correta para o bom combate. Compreenda que a disciplina física do Budo não se limita apenas à prática das técnicas marciais. Muitas escolas de Budo também enfatizam a importância da meditação, da reflexão e de uma vida de estudos como parte integral do treinamento. Essas práticas nos ajudam a cultivar a serenidade mental, a aumentar a concentração e a desenvolver a consciência espiritual. Dessa forma, a prática do Budo se torna um caminho não apenas para o desenvolvimento da força física, mas também para a busca da harmonia e equilíbrio interior – pois sem o cultivo de uma Vida Interior não há Budo. Ao unir a disciplina física, a prática de técnicas de combate e o cultivo espiritual, o Budo nos oferece um meio completo de desenvolvimento da força. Essa força, por consequência, não se limita apenas à capacidade de enfrentar desafios externos, mas também nos fortalece internamente, tornando-nos mais confiantes, resilientes e conscientes de nosso potencial e como utiliza-lo adequadamente. Portanto, se você busca desenvolver sua força física, mental e espiritual, o Budo pode ser o caminho ideal. Através dessa prática, você se tornará mais consciente de si mesmo, ganhará disciplina e aprenderá a utilizar sua força de forma sábia e eficaz. Venha praticar em nossa escola, embarque nessa jornada e descubra o poder transformador do Budo em sua vida. Não é sobre você estar defendido, ter uma capacidade de defesa, ao contrário, é ter uma boa capacidade de ataque! Lembre-se, a verdadeira capacidade de vencer não está apenas em buscar a segurança, mas sim em forjar a chama inextinguível da força interior! É através dela que nos erguemos diante dos desafios, prontos para enfrentar qualquer batalha que a vida nos apresente. E o Budo, com seu espírito guerreiro impetuoso, é o caminho que nos conduz nessa jornada de autodescoberta, superação e crescimento. Nele encontramos a coragem para transcender nossos limites, a disciplina para perseverar incansavelmente e a sabedoria para dominar os embates da vida. Prepare-se para abraçar a verdadeira essência do guerreiro e descubra o poder transformador do Budo em sua vida! Se as palavras deste texto despertaram em você um desejo ardente por crescimento e superação, é um sinal claro de que seu espírito guerreiro está em busca de treinamento e evolução. Diante disso, gostaria de estender um convite especial para que você se junte a nós nessa jornada de transformação. Estamos prontos para compartilhar conhecimento, experiências e um profundo refinamento interior. Seja bem-vindo(a) à nossa comunidade de indivíduos determinados a alcançar seu pleno potencial. Este texto é uma síntese de uma das aulas do COF (Curso Online de Filosofia), adaptada ao contexto das artes marciais, em homenagem ao querido professor Olavo de Carvalho, a quem sou profundamente grato por sua influência em minha jornada como artista marcial e, antes disso, como um homem em busca da imortalidade da consciência.

5 bons motivos para você fazer Ninjutsu

5 bons motivos para você fazer Ninjutsu

Uma arte marcial completa e diferente de tudo que você já viu. Motivo 1: Desenvolvimento físico e condicionamento Uma das principais razões para fazer uma arte marcial, como o Ninjutsu, além do aprendizado de uma eficaz defesa pessoal, é o benefício do desenvolvimento físico e o ganho de condicionamento. Em termos de aprimoramento funcional do corpo, o Ninjutsu é uma forma de arte marcial que envolve movimentos ágeis, rápidos e fluidos, que exigem força, flexibilidade e resistência. Ao praticar o Ninjutsu regularmente, você fortalece os músculos, melhora a coordenação motora e aprimora a capacidade cardiovascular. O treinamento físico intenso no Ninjutsu também promove a queima de calorias, o aumento da imunidade e resistência e o ajuste da postura corporal. O tipo de dinâmica física que desenvolvemos nos treinos torna o corpo muito mais funcional e integralmente forte. Ou seja, as técnicas corporais do Ninjutsu reforçam profundamente a estrutura biológica do praticante para que ele suporte o empuxo evolutivo da arte marcial sem comprometer sua saúde. Esse empuxo promove autoconfiança, capacidade real de defesa e ganho de força combativa. Como o Ninjutsu é uma arte marcial completa, que trabalha diferentes aspectos do condicionamento físico e das habilidades humanas, incluindo, potencialidades de luta, técnicas de defesa pessoal e treinamento em armas tradicionais. Ao se dedicar ao Ninjutsu, você estará investindo seguramente em sua saúde física e adquirindo habilidades que podem ser aplicadas em situações reais de autodefesa e que se estendem, também, para aprimorar o verdadeiro espírito guerreiro, o estado de atenção plena conhecido como Zanshin. Quando melhoramos a força e a agilidade do corpo, uma série de transformações positivas ocorrem. Vamos explorar algumas delas: 1. Aumento da força muscular: Ao realizar exercícios de resistência, como levantamento dos colegas de treino em técnicas de arremesso (nage waza) ou treinamento com o próprio peso corporal (batsuri gako jumbi), os músculos são desafiados e se adaptam, ficando mais fortes. Isso proporciona maior capacidade de executar atividades diárias com facilidade e eficiência. 2. Melhora da composição corporal: O aumento da força geralmente está associado à redução da gordura corporal e ao aumento da massa muscular. Isso resulta em uma melhora da composição corporal, tornando o corpo mais tonificado e definido. 3. Aumento da densidade óssea: Exercícios que envolvem impacto, como corrida, quedas (ukemi) e calejamento (kongo-tai) estimulam a formação de tecido ósseo. Isso fortalece os ossos e reduz o risco de desenvolver doenças como a osteoporose. 4. Melhora da agilidade: A agilidade refere-se à capacidade de se mover rapidamente e com controle (taihen jutsu). Ao treinar a agilidade, melhoramos a coordenação motora, o equilíbrio e a capacidade de realizar movimentos precisos. Isso é especialmente útil em atividades esportivas, prevenção de lesões e no desempenho de tarefas cotidianas. Sem agilidade e equilíbrio é impossível desenvolver-se adequadamente em combate. 5. Aumento da resistência física: Trabalhar força e agilidade resulta em maior resistência. O corpo se adapta para suportar atividades físicas por períodos mais longos, evitando fadiga excessiva. No combate, a resistência é essencial para lutar por mais tempo e superar oponentes com melhor disposição física. Sendo capaz de suportar o que outros não suportam, será capaz de conquistar o que outros não conseguem. 6. Melhora da postura e estabilidade: Aumentar a força muscular e a estabilidade nas articulações ajuda a corrigir a postura e a prevenir lesões. Uma postura adequada (kamae) alinha o corpo de forma eficiente, reduzindo a sobrecarga em certas áreas e melhorando a capacidade de se mover com equilíbrio e controle. Quando melhoramos a força e a agilidade do corpo, obtemos benefícios que vão além do aspecto físico que cultivamos nas aulas de Ninjutsu. Alcançamos maior funcionalidade, desempenho e bem-estar geral, permitindo-nos desfrutar de uma vida mais ativa e saudável. Motivo 2: Desenvolvimento mental e emocional O Ninjutsu vai muito além do aspecto físico e também se concentra no desenvolvimento mental e emocional. A prática dessa arte marcial envolve o fortalecimento da mente, aumentando a concentração, a disciplina e o foco através de exercícios de controle sensorial e de domínio de inúmeras habilidades mentais. A meditação, por exemplo, dividida em nove níveis diferentes (kuji kiri ou kuji no in) é uma dessas técnicas. Os treinamentos do Ninjutsu exigem atenção plena (zanshin), o que ajuda a disciplinar a mente e a melhorar a capacidade de lidar com o estresse e a pressão. Haja vista que o guerreiro ninja (shinobi no mono, originalmente), na antiguidade, precisava o tempo todo lhe dar com situações de morte iminente, logo, o controle mental e a inteligência, para decidir com maior assertividade, era crucial para o sucesso de uma missão. Além disso, o Ninjutsu promove valores como respeito, humildade, coragem e autocontrole. Esses princípios são cultivados durante os treinamentos e aplicados no dia a dia, ajudando a desenvolver uma mentalidade equilibrada, assertiva e resiliente. O Ninjutsu que desenvolvemos em nosso Dojo (escola) ensina a encontrar o equilíbrio entre a força física e a serenidade mental, resultando em uma maior confiança e bem-estar emocional. Desenvolver a mente e as emoções traz uma série de vantagens significativas para a nossa vida. Aqui estão algumas delas: 1. Autoconhecimento: Ao desenvolver a mente e as emoções, adquirimos uma maior compreensão de nós mesmos e dos fenômenos naturais aos quais estamos expostos. Isso inclui conhecer nossos pensamentos, emoções, padrões comportamentais e crenças com mais profundidade. O autoconhecimento nos permite tomar decisões mais alinhadas com valores sólidos e objetivos, promovendo uma vida mais autêntica e satisfatória, conectada com a realidade, tal como ela é, e não como achamos que seja ou deveria ser. Isso nos afasta do sofrimento demasiado produzido, muitas vezes, por uma mente iludida e desfocada da verdade. 2. Controle emocional: O desenvolvimento da mente e das emoções nos capacita a lidar de forma mais eficaz com as alterações emocionais. Aprendemos a reconhecer, compreender e regular nossas emoções, evitando reações impulsivas e desproporcionais. Isso nos ajuda a manter relacionamentos saudáveis, lidar com o estresse de maneira mais adequada e encontrar equilíbrio emocional. Pois sem autocontrole, diante de uma situação iminente de confronto, a falta do controle emocional tende a produzir prejuízos de toda natureza. 3. Resiliência e adaptabilidade: Quando desenvolvemos a mente e as emoções, fortalecemos nossa capacidade de lidar com os desafios da vida. Desenvolvemos resiliência, que é a habilidade de se recuperar rapidamente de adversidades, aprender com as experiências e se adaptar às mudanças. Isso nos permite enfrentar os obstáculos de maneira mais construtiva e encontrar soluções eficazes para os problemas. 4. Melhor tomada de decisões: A mente desenvolvida nos permite analisar informações de forma mais clara, crítica e objetiva. Isso nos ajuda a tomar decisões mais conscientes e fundamentadas, considerando diferentes perspectivas e avaliando as consequências a longo prazo. Uma mente desenvolvida nos torna mais assertivos e confiantes em nossas escolhas. E isso é fundamental, pois as escolhas que fazemos definem a vida que levamos. 5. Melhoria da concentração e foco: A mente desenvolvida é capaz de se concentrar e focar em uma tarefa específica por períodos mais longos. Isso nos ajuda a aumentar nossa produtividade e eficiência, seja no trabalho, nos estudos, na luta ou em qualquer atividade que exija atenção plena. Um maior foco mental nos permite realizar nossas atividades com mais qualidade e alcançar melhores resultados. Em resumo, desenvolver a mente e as emoções traz inúmeras vantagens, desde uma maior autocompreensão e controle emocional até uma melhoria na tomada de decisões e na capacidade de lidar com os desafios da vida. Essa busca pelo desenvolvimento pessoal promove uma vida mais equilibrada, satisfatória e significativa, e esse é um dos pilares da prática do Ninjutsu em nosso Dojo. Motivo 3: Conexão com a tradição e cultura marcial O Ninjutsu é uma arte marcial que possui uma rica tradição e história. Ao praticá-lo, você se conecta com uma herança cultural milenar, aprendendo não apenas as técnicas de combate, mas também a filosofia e os valores que permeiam essa tradição. O Ninjutsu é baseado nos princípios do Budo/Ninja Seishin, Butoku e Bushido , códigos de conduta embasados na ética marcial, que enfatiza a lealdade, a coragem e a integridade. Ao estudar o Ninjutsu, você mergulha em uma cultura fascinante, aprendendo sobre o Japão feudal, os guerreiros ninja/shinobi e a sabedoria ancestral que é transmitida por meio dessa arte marcial de três maneiras: Densho (transmissão escrita), Kuden (transmissão oral) e Keiko (transmissão da força). Essa conexão com a tradição e cultura proporciona uma sensação de pertencimento e uma compreensão mais profunda dos valores e princípios que moldaram a tradição e os guerreiros mais famosos da história oriental. Motivo 4: Desenvolvimento de habilidades práticas de combate e autodefesa Uma das vantagens mais notáveis do Ninjutsu é o foco em habilidades práticas de combate e autodefesa. O treinamento nessa arte marcial capacita os praticantes a se protegerem em situações de perigo e a lidarem efetivamente com ameaças reais. O Ninjutsu ensina técnicas de combate eficientes, estratégias de defesa pessoal e o uso adequado de armas tradicionais e não convencionais, proporcionando um tipo de confiança real e habilidades essenciais para a segurança pessoal. Ao praticar o Ninjutsu, você aprende a detectar e evitar situações de risco, bem como a utilizar técnicas de imobilização, bloqueio e esquiva para se proteger e controlar a situação de risco sem quebrar a ordem natural das coisas. A combinação de movimentos ágeis, ataques precisos e a aplicação de princípios estratégicos tornam o Ninjutsu uma arte marcial altamente eficaz para a autodefesa. No Ninjutsu, buscamos estudar e compreender as origens da guerra para promover uma relativa cultura de paz, pois o preço da estabilidade é sua eterna vigilância. As técnicas são desenvolvidas para suprir o maior número possível de falhas em sistemas de combate e estratégias de guerra psicológica e cultural. Originalmente, o Ninjutsu não era uma arte marcial, mas um conjunto de habilidades militares estratégicas e de inteligência. Hoje, combinamos o conceito antigo com treinamento contemporâneo de técnicas de luta e autoproteção eficiente, em diversos cenários, com ou sem armas. Motivo 5: Crescimento pessoal e espiritual Além dos benefícios físicos e práticos no campo da cultura bélica, o Ninjutsu oferece um caminho de crescimento pessoal e espiritual. A prática dessa arte marcial é uma jornada de autodescoberta, que ajuda a desenvolver uma conexão mais profunda consigo mesmo e com o mundo ao seu redor. O Ninjutsu incentiva a superação de desafios, a expansão dos limites pessoais e a busca pela excelência. Ao se comprometer com o Ninjutsu, você adquire disciplina, perseverança e uma mentalidade de constante aprimoramento. A prática regular do Ninjutsu estimula o autodesenvolvimento, promovendo um equilíbrio entre o corpo, a mente e o espírito. Essa jornada de crescimento pessoal e espiritual proporciona um senso de propósito, significado e transformação profunda. Conclusão: Fazer uma arte marcial, como o Ninjutsu, oferece inúmeros benefícios que vão além do aspecto físico. Desde o desenvolvimento físico e mental até a conexão com a tradição, o Ninjutsu proporciona uma jornada de autodescoberta, autodefesa e crescimento pessoal. Ao escolher praticar o Ninjutsu, você se compromete com um caminho de aprendizado contínuo, disciplina e autoaperfeiçoamento. Seja buscando uma melhor performance física, desenvolvendo habilidades práticas de autodefesa ou explorando sua conexão com a cultura e tradição, o Ninjutsu oferece uma experiência rica e transformadora. Venha praticar em nosso Dojo e faça parte da comunidade Budo Way da Dharma Center São Paulo. Ninpo Ikan! Siga-nos nas redes sociais: Instagram: @jeff.flausino Facebook: @jeffflausino YouTube: @professorflausino Agende uma visita pelo WhatsApp: (11) 99459-7887

Fragmentos da tradição Samurai - do passado à modernidade.

Fragmentos da tradição Samurai - do passado à modernidade.

A palavra "samurai" (武士 em japonês) possui um significado profundo na cultura e história do Japão. O termo "samurai" é uma junção de duas palavras: "saburau", que significa "servir" ou "estar em serviço", e "murai", que pode ser traduzido como "aqueles que estão ao lado", Assim, a palavra "samurai" pode ser entendida como "aqueles que estão ao lado do senhor" ou "aqueles que servem". Os bushis, outro termo para designar a casta samurai, eram uma classe guerreira e aristocrática no Japão antigo, e sua principal função era servir seus senhores feudais, conhecidos como Daimyos, protegendo suas terras e lutando em seu nome. A posição de samurai era considerada de grande prestígio na sociedade japonesa, e eles seguiam um código de conduta rigoroso conhecido como Bushido (武士道), que significa "o caminho do guerreiro". Esse código estabelecia uma série de diretrizes éticas e morais que os samurais deveriam seguir, incluindo lealdade, coragem, honra, respeito e autodisciplina. Conhecidos por sua habilidade em artes marciais, como esgrima, arco e flecha, equitação e estratégias de batalha. Eles dedicavam suas vidas ao treinamento e aprimoramento de suas habilidades, buscando constantemente a excelência nas artes da guerra, conhecidas como Senjutsu (戦術). Sua tradição, de fato, é uma parte essencial da história do Japão, tendo desempenhado um papel significativo ao longo do tempo. Surgiram no século XII e prosperaram até o século XIX, tendo sido figuras influentes na política, cultura e sociedade japonesa. A palavra "samurai" evoca não apenas uma imagem de habilidades marciais, mas também de uma ética elevada e um senso de dever. Até hoje, os samurais são reverenciados como símbolos de coragem, lealdade e honra no Japão e em todo o mundo. Sua influência também pode ser vista nas artes marciais modernas, que se baseiam nos princípios e técnicas desenvolvidos pelos samurais ao longo dos séculos. A tradição samurai deixou um legado duradouro na cultura japonesa e continua a inspirar e fascinar pessoas em todo o mundo. A Importância da Tradição Samurai na Cultura Japonesa Os samurais e sua tradição, indiscutivelmente, exerceram uma influência duradoura na cultura japonesa. Além dos valores fundamentais do Bushido, como lealdade, coragem e honra, a tradição samurai também se manifestou em outras áreas da sociedade japonesa. Um exemplo notável é o sistema de castas no Japão feudal, onde os samurais ocupavam a classe mais alta. Sua posição privilegiada lhes conferia poder político e social, e suas tradições e costumes permeavam a vida cotidiana. Mesmo com o fim do período feudal, a reverência pela tradição samurai permaneceu enraizada na cultura japonesa. Além disso, a tradição samurai influenciou as artes, a literatura e a estética japonesa. As histórias e lendas dos samurais foram imortalizadas em obras literárias como o épico "O Livro dos Cinco Anéis", de Miyamoto Musashi, e o famoso conto "Os 47 Ronins". A estética do samurai também se reflete na arquitetura tradicional, na cerimônia do chá e nas artes marciais. A tradição samurai continua a ser celebrada e honrada no Japão até hoje. Festivais e eventos especiais são realizados para relembrar o legado dos samurais, e muitos japoneses têm orgulho de suas raízes na classe guerreira. A tradição samurai desempenhou um papel crucial na moldagem da identidade e dos valores do povo japonês, e seu impacto ainda é sentido profundamente na cultura contemporânea. Inclusive, por influência da moral samurai, o Japão é considerado, hoje em dia, como o país mais ético do mundo. A Influência da Tradição Samurai nas Artes Marciais Uma das contribuições mais marcantes da tradição samurai é a sua influência nas artes marciais japonesas (Bujutsu 武術 ou Budo 武道). Os samurais eram habilidosos guerreiros treinados em diversas técnicas de combate, e seu conhecimento e experiência foram fundamentais para o desenvolvimento e aperfeiçoamento das artes marciais no Japão da antiguidade à modernidade. As técnicas de luta dos samurais evoluíram ao longo dos séculos, adaptando-se às diferentes situações de batalha. Essas técnicas foram transmitidas de geração em geração, formando escolas de artes marciais que preservavam e refinavam o conhecimento samurai. Dentre as artes marciais influenciadas pela tradição samurai, podemos citar o kenjutsu (剣術, esgrima japonesa), o iaido (居合道, técnica de desembainhar e cortar com a espada), o jujutsu (柔術, arte de combate corporal) e o kendo (剣道,caminho da espada) entre outras. Essas artes marciais não apenas preservaram as técnicas de combate samurais, mas também incorporaram os valores éticos e filosóficos do Bushido. Além disso, a tradição samurai influenciou diretamente o desenvolvimento do Bushido, o famoso código de conduta dos samurais. Os princípios do Bushido, como integridade, coragem e respeito, foram incorporados nas práticas das artes marciais japonesas, enfatizando não apenas o aspecto físico, mas também o desenvolvimento do caráter e da disciplina pessoal. Atualmente, as artes marciais japonesas continuam a ser praticadas em todo o mundo, tanto como formas de defesa pessoal quanto como atividades físicas e espirituais. A tradição samurai permanece viva nessas práticas, servindo como um lembrete constante dos valores e da ética que os guerreiros samurais representavam. Concluindo; a influência da tradição samurai nas artes marciais japonesas é inegável. A habilidade, a disciplina e os valores éticos desses guerreiros notáveis foram transmitidos ao longo dos séculos, moldando as técnicas e a filosofia das artes marciais japonesas. A tradição samurai continua a ser honrada e respeitada nas práticas marciais atuais, mantendo viva a herança dos guerreiros samurais e seu legado no mundo das artes marciais. O Bushido (武士道), a ética samurai O Bushido é o código de conduta dos guerreiros samurais no Japão feudal. Também conhecido como "Caminho do Guerreiro", o Bushido estabelece uma série de diretrizes éticas e morais que os samurais eram encorajados a seguir em sua vida diária. Essas diretrizes visavam moldar o caráter dos samurais, além de orientar suas ações e decisões tanto no campo de batalha quanto na vida civil. Portanto, podemos entender o Bushido, também, como um código político. As diretrizes do Bushido variavam um pouco ao longo do tempo e entre diferentes escolas de pensamento, mas havia princípios fundamentais que eram amplamente aceitos e seguidos pelos samurais. Aqui estão algumas das principais diretrizes do Bushido: 1. Coragem (Yu): Os samurais eram incentivados a enfrentar o medo e a agir com bravura diante dos desafios. A coragem era vista como um valor essencial para um guerreiro e era demonstrada tanto no campo de batalha quanto na vida cotidiana. 2. Honestidade e Integridade (Makoto): A honestidade era considerada uma virtude suprema no Bushido. Os samurais eram encorajados a serem sinceros em seus pensamentos, palavras e ações, mantendo sua palavra e cumprindo seus compromissos. A integridade pessoal era valorizada como uma característica essencial de um verdadeiro guerreiro. 3. Lealdade (Chu): A lealdade aos senhores feudais e às causas nobres era um princípio central do Bushido. Os samurais juravam fidelidade a seus senhores e estavam dispostos a dar suas vidas em sua defesa. A lealdade também se estendia aos companheiros samurais e à família. 4. Respeito (Sonkei): O respeito pelos outros, especialmente pelos mais velhos, pelos superiores e pelos ancestrais, era um valor profundamente enraizado no Bushido. Os samurais demonstravam respeito por meio de gestos formais, obediência e cortesia em suas interações. 5. Honra (Meiyo): A honra era uma qualidade central no Bushido. Os samurais buscavam preservar sua honra pessoal e a reputação de suas famílias. O compromisso com a honra significava agir de acordo com os princípios éticos do Bushido e seguir um código moral elevado. 6. Autocontrole (Jisei): Os samurais eram instruídos a cultivar o autocontrole e a disciplina pessoal. Eles buscavam dominar suas emoções e impulsos, agindo com calma e equilíbrio em todas as situações. O autocontrole era visto como uma qualidade essencial para a tomada de decisões sábias e para o domínio das habilidades marciais. Essas são apenas algumas das diretrizes do Bushido, mas elas refletem os valores fundamentais que os samurais buscavam seguir em suas vidas. O Bushido não apenas moldou o comportamento dos guerreiros samurais, mas também influenciou profundamente a cultura japonesa como um todo. A ética e os princípios do Bushido continuam a ser admirados e estudados até hoje, como um exemplo a nos guiar. Inspire-se na tradição samurai para alcançar seu máximo potencial físico, mental e espiritual. No Budo Way, nosso programa de treinamento e formação, combinamos os princípios da arte ninjutsu, a filosofia e uma disciplina física e mental para proporcionar uma experiência única de autodesenvolvimento. No Budo Way, não apenas ensinamos as técnicas de combate e defesa pessoal dos samurais, mas também nos concentramos em cultivar as virtudes que eram altamente valorizadas por eles. Através de um treinamento rigoroso e orientado, buscamos promover valores como disciplina, coragem, respeito, lealdade e autodomínio. Ao participar do programa Budo Way, você terá a oportunidade de mergulhar na rica história e filosofia dos samurais, enquanto desenvolve suas habilidades físicas e mentais. O Sensei Flausino é altamente qualificado e está comprometido em guiá-lo(a) em sua jornada, ajudando-o(a) a alcançar um equilíbrio entre força, flexibilidade, concentração e serenidade. Se você está em busca de um programa abrangente que honre a tradição samurai, o Budo Way é a escolha certa para você. Venha fazer parte da nossa comunidade e descubra como a combinação única de ninjutsu, filosofia e disciplina física pode transformar sua vida de maneiras que você jamais imaginou. Entre em contato conosco agora mesmo para saber mais sobre o programa Budo Way e agende sua primeira aula. Estamos prontos para recebê-lo(a) e iniciar essa jornada extraordinária rumo à autodescoberta e ao fortalecimento do seu verdadeiro potencial. Seja bem-vindo(a) ao Budo Way, onde a tradição samurai se encontra com a excelência do treinamento físico e mental. Junte-se a nós e embarque nesta aventura de crescimento pessoal e superação de desafios! + Info. WhatsApp (11) 99459-7887 Siga-nos nas redes sociais:
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Diferenças entre as artes Ninjutsu, Ninpo, Shinobi no Jutsu e Nindo

Diferenças entre as artes Ninjutsu, Ninpo, Shinobi no Jutsu e Nindo

A Arte Shinobi é pouco conhecida pela maioria das pessoas no ocidente. Mas certamente você já ouviu falar da classe guerreira que essa arte formava no Japão antigo, a classe dos lendários Ninjas .  Isso mesmo, o Shinobi No Jjutsu , popularmente conhecido nas Artes Marciais por Ninjutsu é a ancestral arte do guerreiro  Ninja. - ou Shinobi No Mono na tradição mais antiga. ​ Shinobi No Jutsu é o termo japonês para o conjunto de habilidades, métodos e conceitos que habilitam o trabalho de um agente de inteligência, de um estrategista Shinobi. Esse trabalho implica, dentre uma grande profusão de disciplinas, em dominar um rico repertório de técnicas físicas e mentais das Artes Marciais antigas, Bujutsu, e a apropriação de diferentes faculdades do conhecimento. A prática e estudos na carreira do Shinobi No Mono - nome que antecede o popular Ninja, é incessante. Seu treinamento é extremamente severo e duro. Não há espaço para a possibilidade do fracasso. Na tradição isso significava a morte. Shinobi No Jutsu é formado, essencialmente, por dois componentes. O kanji (vocábulo chino-japonês), Shinobi (忍), que pode ser lido, também, como Shinobu ou Nin , e nessa leitura significa; sombras, oculto e/ou sigilo . E o kanji, Jutsu (術), que significa, basicamente; arte, habilidades ou conjunto de técnicas . Portanto, segundo a literatura japonesa e importantes convenções historiográficas, para tratar ou especificar apropriadamente a t écnica marcial da classe Shinobi , usamos o termo Shinobi No jutsu ou, Shinobijutsu – a arte das sombras ou a técnica do sigilo , entre outras possíveis traduções. Essa denominação com explicações detalhadas é facilmente encontrada em pergaminhos históricos desde o período medieval ao pré-contemporâneo ( makimono) no museu Ninja de Iga-Ueno e departamento de história da Universidade de Mie , na província de Mie – Japão . Então, se desejamos nomear de forma mais técnica, histórica e precisamente a antiga arte marcial do guerreiro shinobi , é mais adequado nomear de Shinobi No Jutsu - A Arte do Shinobi. Já o termo Ninpo é um grupo das tradições marciais relacionadas desenvolvidas no período contemporâneo. Está embasada na tradição do Shinobi No Mono mas não são, técnica e historicamente, a mesma coisa. O termo Ninpo, como um estilo de Arte Marcial, parece ter surgido a partir de um movimento de sistematização de métodos de combate e psicologia marcial organizados por Toshitsugu Takamatsu - contemporâneo de alguns Ryu (escolas) de Bujutsu conectadas a tradições Shinobi de Iga .. que se embromaram no Japão pé-contemporâneo, e que foram combinadas no período moderno sob um sistema marcial detalhado. Então, podemos concluir que o Ninpo é uma Arte Marcial recente quando comparada à inúmeras Koryu Bujutsu (antigas escolas de Artes Marciais). Este sistema inclui, basicamente, dezoito habilidades marciais (bugei juhappan ) para o guerreiro (bushi) comum, e um grupo especial de dezoito habilidades marciais avançadas (ninja no juhakkei). Porém, outro componente do Ninpo é tão ou mais importante que as trinta e seis faculdades marciais. Despertamos com a prática das técnicas e conceitos, uma visão precisa e real do mundo, um pensamento convicto e uma filosofia prática de vida. Esta visão de um mundo de paz enfatiza a natureza defensiva de Ninpo e a necessidade de se desenvolver um coração benevolente. A palavra Ninpo (忍法) é composta por dois caracteres. O primeiro, “ Nin ,” (忍) que significa, literalmente, a paciência , o perseverante e o resistente . O kanji é composto por dois caracteres que sugere uma lâmina colocada sobre o coração/mente. Há vários motivos simbólicos ao ideograma “ Nin ” . Um deles sugere que a lâmina força o coração/mente a renascer no âmago do Ser para que ao fim se persevere nobremente. Já um outro motivo é que o coração/mente deve ser tão afiado e puro quanto à espada. O segundo vocábulo, “ Po ou Ho ,” (法) é filosoficamente mais complexo de se definir, pois ele tem uma forte conotação Budista. No japonês moderno este vocábulo, Ho, é usado para a palavra “lei” (no sistema jurídico), mas no termo Ninpo, f az referência ao motivo Budista da Lei Universal , em Sânscrito, a palavra é definida como Dharma (Jp. A lei), este termo tem um motivo profundo e complexo, mas significa, essencialmente, fatores da existência em um determinado nível, realidade final em outro nível, d outrinas budistas e pensamento, contudo num outro nível. O resultado de combiná-lo com o primeiro vocábulo “ Nin” produzem o termo (Ninpo) que poderia ser compreendido como realidade final e eterna do perseverante e do ser. Quanto ao termo Ninjutsu ( 忍術), certamente é o mais conhecido e usado por muitas escolas modernas de Artes Marciais Ninja. Pode significar, essencialmente, habilidades do perseverante . É um termo histórico e, originalmente, não estava associado às Artes Márcias como um sistema de treinamento em habilidades de combate e, sim, como um guia de estratégias militares, psicologia marcial e inteligência no campo de coleta de informações, algo como espionagem. Foi somente no século XVII que surgiu oficialmente o termo Ninjutsu . Segundo os registros históricos Bansenshukai, Ninpiden e Shoninki , literaturas clássicas japonesas que tratam o tema Ninjutsu , seus autores usam extensivamente a palavra Ninjutsu para consultarem essa tradição militar sem referências a habilidades de guerra no front de batalha. Historicamente, Ninjutsu é um termo geral para uma variedade de habilidades de inteligência e estratégia que compartilham de características comuns para o uso militar. Estas características incluem os grupos de pessoas que, no passado, se tornavam Shinobi , ou Ninjas - no período contemporâneo. Kawakami Soshike possui outros preciosos makimonos mais raros e pouco conhecidos relacionando o Ninjutsu como um de muitos guias para a formação do Shinobi No Mono . O próprio Kawakami Sensei afirma categoricamente que Ninjutsu não é Arte Marcial, pura e somente. Mas, sim, um guia de estratégia militar de apoio às escolas de Artes Marciais relacionadas a classe Shinobi. A combinação de métodos de combate convencionais (comuns a todas as classes guerreiras) e não convencionais (comuns apenas à classe Shinobi ) é do período pré-contemporâneo em que o Ninjutsu em conjunto com o Shinobi No Jutsu foi usado mais extensamente, entre outras características. Guarde bem esta informação. Embora o termo Ninpo esteja em uso desde a segunda guerra mundial, a maioria das pessoas só reconhece a arte do Ninja através do termo Ninjutsu . Para estas pessoas, há apenas uma pequena ou insignificante diferença entre os termos. Porém, Ninpo e Ninjutsu são muito diferentes, e a diferença deve ficar clara para as pessoas que estejam realmente interessadas no correto aprendizado das técnicas. O nome de muitas Artes Marciais inclui o caractere ou ideograma, Dô , que significa caminho ; no entanto, quando nos referimos a Ninpo, Dô não é usado. Ao invés disso, Ho (que pode ser lido como Po em algumas combinações) é usado. Ho é frequentemente encontrado em nomes de religiões, como em Buppo (traduzido como A Lei de Buda , com o sentido literal de Verdade Eterna ). Ninpo usa Ho porque essa arte marcial tem um profundo significado religioso. Ninpo apareceu da união de duas partes: arte marcial ( Bumon ) e religião ( Shumon ). Em analogia, considere Bumon a mão direita, e Shumon a mão esquerda : Possuir ambas confere um corpo balanceado. Isso é comparável ao sentimento da força masculina, Yo ( Yang ) e da força feminina, In ( Yin ) na filosofia chinesa do universo em equilíbrio. Os termos Jutsu , Dô e Ho possuem diferentes significados , melhor compreendidos se imaginarmos uma montanha. Nesse contexto, a explicação de uma técnica para subir a montanha é Jutsu . A área de rotas disponíveis, de agradáveis a difíceis, levando ao topo da montanha é Dô . Dô não é exclusivo para Artes Marciais, também se aplica para artes como dança, música e pintura. As Artes Marciais que usam o termo Dô ensinam caminhos para alcançar o topo da montanha. É raro encontrar aqueles que obtiveram sucesso em alcançar esse objetivo, e uma vez que eles lá chegam, para onde mais eles podem ir? Ho é a nuvem flutuando no céu, acima dessa mesma montanha. Praticantes de Ninpo sobem nessa nuvem, saboreiam agradáveis momentos com a natureza e vivem para sempre. O caractere chinês para Ho é composto por dois radicais. O primeiro, sanzui , significa água ; O segundo, s aru , significa avançando. Junta-los resulta literalmente em água avançando . Já ao termo Nindo, é o mais recente. Nin ( 忍) que sugere, como nas interpretações anteriores: paciência, resistência e perseverança, e Do (道) que significa: Caminho, como uma jornada espiritual - o vocábulo Do vem do mesmo kanji chinês que sugere a filosofia Taoísta. Esse sistema moderno de Arte Marcial, organizado com o apoio da prefeitura japonesa de Mie , é um movimento de divulgação da cultura Ninja e, em especial, de resgate do legado Shinobi. Além da promoção da Arte Marcial Ninja, o movimento incentiva o turismo e ampla divulgação de tudo o que se relaciona com o popular movimento Ninja . Kawakami Sensei, inclusive , foi convidado a ajudar na organização do método de ensino e a definir padrões de treinamento que envolvem, por exemplo, progressão silenciosa, conhecimento teórico-prático das principais armas Ninjas práticas de meditação e respiração - para controlar o corpo e a mente -, alimentação típica, estudo dos textos tradicionais Shinobi entre outras técnicas e conceitos. Mas é importante compreender que Nindo não é uma espécie adaptada ou facilitada de Shinobi No Jutsu ou Ninpo . Cada sistema, escola ou estilo, tem sua própria metodologia, relevante momento na história e características muito particulares. Mesmo estando todas conectadas à cultura Shinobi são propostas totalmente diferentes. Então, para que tenhamos um raciocínio objetivo sobre as técnicas e escolas, podemos compreender, resumidamente, as diferenças entre os termos da seguinte maneira: Shinobi No Jutsu / Shinobijutsu - Nome e original da arte do Shinobi No Mono ( guerreiro das sombras . Conhecido popularmente a partir de 1960 como Ninja ). Sua arte envolve: Estratégia militar, psicologia, farmacologia, esoterismo religioso ou magia, alimentação, artes marciais, criptografia, reeducação das faculdades físicas e mentais, apropriação de diferentes tipos de conhecimento, entre outras. É uma prática vitalícia, dura e extrema; Ninjutsu - Guia de estratégia e inteligência militar, não ortodoxa, para coleta de informações, acesso às vulnerabilidades do inimigo, sabotagem, invasão e ferramentas para progredir, observar e evadir-se do território inimigo. Foi sistematizado, literariamente, no período pré-contemporâneo e agregado como guia de apoio às escolas de formação Shinobi . Ninpo - Sistema flexível e integrado de Artes Marciais e práticas religiosas conectado a escolas de formação Samurai e Shinobi . (lembrando que, em termos de operacionalidade, não há diferenças práticas entre as classes Samurai e Shinobi. Esses papeis, costumeiramente, se invertiam dependendo da ocasião e missão). Foi desenvolvido no período contemporâneo e sistematizado logo após a Segunda Guerra Mundial. Nindo - Arte Marcial moderna cuja metodologia desenvolve técnicas Shinobi adaptadas a quem não é, ainda, profundo conhecedor ou praticante antigo de Artes Marciais mas busca uma experiência com o modo de vida Ninja . Valoriza o estudo teórico-prático da cultura Ninja em conjunto às visitações a templos religiosos, práticas em locais sagrados da tradição Shinobi, , estudos historiográficos do acervo do museu Ninja de Iga-Ueno , entre outras. A graduação é por faixas coloridas, como em outras Artes Marciais modernas. Fontes e referências bibliográficas Transmisionn Shinobi De La Família Ban De Koka - José F. Defez Gómez, Amazon, 2017 Ninpo Secrets, Shoto Tanemura, 2003, G.W.N.B.F. Japan Bansenshukai, Ninpiden e Shoninki Pesquisa livre

Aforismos do Budo

Aforismos do Budo

Reflexões sobre a Arte de Lutar A negação da verdade, presente, antecede o sofrimento futuro. Quando a mente está serena e desperta, pensamentos, palavras e ações são sempre precisos. Enquanto muitos reclamam da vida, verdadeiros guerreiros lutam por ela. A boa intenção é o que move a verdadeira ação. O Caminho de um Guerreiro não é definido apenas pelo que ele fala, mas principalmente pelo que ele faz. A arte marcial que acredito fazer bem ao indivíduo é aquela que se compromete a um caminho de autosuperação. Creio que é muito fácil ferir alguém, difícil é ser capaz de evitar uma agressão sem quebrar a harmonia natural das coisas. Afinal, para que serviria uma arte marcial, nos dias de hoje, senão como um instrumento eficaz à autoproteção integral. Isto é, proteger o corpo, a mente e as emoções como a motivação de sua prática. Por isso acredito profundamente que a violência gratuita pertença apenas aos fracos, pois em verdade, a gentileza só pode vir dos fortes. Nos últimos dez anos, mudei toda minha vida para níveis muito melhores do que jamais imaginei acessar. O "segredo", creio, foi mudar parâmetros, estudar, planejar e trabalhar veementemente naquilo que eu precisava e não no que eu desejava, de modo que este precisar beneficiasse a todos com quem eu pudesse me conectar. Então, atingir o que era realmente importante foi apenas uma questão de tempo e uma consequência na missão de servir e cuidar - esse é o Caminho que encontrei. Portanto, mexa-se, alimente diariamente seus pensamentos com o que existe de melhor - a realidade, acredite que pode, confie, trabalhe duro, persevere, cultive a paciência e a perseverança para não perder o foco e continue sempre em frente, mesmo depois de ter conseguido. O equilíbrio que tanto buscamos se dá apenas no movimento. Mexa-se, criatura! Quando tudo parecer confuso, significa que não esteve atento o suficiente quando tudo estava claro. Então, volte ao início. Se compreendemos a Verdade e não a praticamos, certamente nos tornamos hipócritas a ponto de apedrejar quem ousar nos despertar. Mas se conhecemos a Verdade e então a praticamos, certamente vivemos a felicidade das sábios, que é saber que pouco sabe. Às vezes, precisamos abrir mão para segurar o que é importante. Logo após o ápice do prazer nos vem o " start " da consciência que nos faz refletir sobre o real aspecto dos fenômenos aos quais pertencemos. Então percebemos quão efêmera é a vida que acreditamos controlar. Não se prenda a conveniências por medo do “que será”. Afinal, o medo por si só já nos consome demasiadamente a ponto de nos afastar do que realmente gostaríamos de Ser. Seja o que for, mantenha a determinação e a coragem e siga em frente, percebendo os medos de sua mente, mas não se detenha neles. A verdade que tanto busca não está em outro lugar senão no âmago de seu ser. Quão feliz torna-te no instante em que te libertas da ilusão de achar. Apenas somos quando em nada nos tornamos. Como tudo na vida é uma escolha – Cuidado! As escolhas que se faz definem a vida que se leva. Portanto, escolha viver de acordo com a Verdade e a Realidade, mas primeiro aprenda a despertá-la e apreciá-la em si mesmo. Onde estaria a Verdade, senão dentro do próprio coração. Onde estaria a Vitória, senão na superação da própria fraqueza. E onde estaria o Eu, senão na essência do presente. Vivamos o que temos, pois o que temos é apenas o agora. Sensações sempre revelam detalhes de nossa consciência. Logo, para manter uma consciência serena e tranquila é preciso despertar e manter a sensação de paz. Cultive, portanto, a capacidade de observar e promover diariamente sensações benéficas, para manter no presente uma vida verdadeiramente pacífica. Cuidado com teus pensamentos, porque eles se transformarão em palavras. Com tuas palavras, porque elas se transformarão em ações. Com tuas ações, porque elas se transformarão em hábitos. Com teus hábitos, porque eles moldarão o seu caráter. Com teu caráter, porque ele controla o seu destino. Dúvidas fazem parte da vida, elas nos impulsionam a questionar e então seguir em frente ou não. Mas a certeza só é encontrada, creio, quando acessamos verdadeiramente o coração do Dharma (a Verdade), quando despertamos a natureza original de nossa mente a ponto de nos fazer enxergar o que antes a ilusão de "achar" escondia. Não há vitória sem trabalho árduo. Não há gratidão sem reflexão. Não há paz sem aceitação. A verdadeira Força se alimenta do conflito!
Não há integridade de Força na violência, apenas ego disfarçado para ocultar sua verdadeira natureza: o medo de se aceitar como um fraco que nada pode. Creio que o equilíbrio e evolução que tanto buscamos na sociedade está na prática de três virtudes: Hierarquia, Ética e Vida Interior. Isso é o que nós, povo brasileiro, precisamos urgentemente resgatar em nossos pensamentos, palavras e ações! Você já imaginou a transformação que seria? Às vezes, o sol pode brilhar à noite... Basta olhar para a luz que nunca se apaga; teu coração! Se você espera de mim o que acha que sou, bom, resta-me apenas esperar de você o que sempre foi... Bons amigos são sempre bons amigos, independentemente das "verdades". Onde está a felicidade? Não sei dizer, mas há pistas: No contentamento em apreciar o que se tem, sem se apegar ao que se acredita ter; Em perceber a verdade tal como ela é, sem a interferência deletéria do ego; Na prática da aceitação daquilo que não se pode mudar; Em trilhar e perseguir uma vida ética; Aceitar a transitoriedade como parte natural da vida; Praticar o esforço da compaixão e tolerância; Servir e proteger o que você nasceu para ser e realizar; Cultivar uma Vida Interior; Então, creio, podemos desfrutar de alguma felicidade. Se estivermos dispostos, o equívoco nos ensina a acertar. Todos os dias me deparo com as frustrações de amigos e alunos, reveladas em diálogos informais. Então sempre me pergunto: Por que, mesmo ensinando a não evitar o sofrimento como algo "não humano" e a travar íntimo contato com a verdade, fecham-se os olhos para aquilo que acabariam com suas cegueiras, ilusões e tantas agruras da mente? As frustrações, assim como o sofrimento, são fenômenos naturais e inevitáveis. E fracasso não é ser derrotado, somente. Não podemos ganhar todas as batalhas da vida, pois o verdadeiro fracasso, a meu ver, é quando desistimos. Portanto não reclame, não desperdice tempo e energia em querer "entender" as mazelas da sua mente ou voltar no tempo, ilusório, de uma visão distorcida da realidade. Apenas siga em frente cultivando a determinação sem perder a coragem, o foco, no que você acredita. E continue sem olhar para trás. Você vai se surpreender com os resultados. Pratique a resiliência e pare de resmungar. A verdadeira batalha de um guerreiro é ser capaz de suportar o insuportável, para alcançar o que é impossível aos fracos de coração; a Verdade! O que é um sábio, senão um ignorante consciente. Não importa o que aconteceu, a vida não espera você para tentar unir os cacos daquilo que se quebrou. Não se preocupe, siga adiante sem lamentações, fique confiante por ter aprendido com o resultado do teu equívoco. Não se entristeça por aquilo que perdeu, mas se alegre por aquilo que possa vir a ter e a ser. Às vezes, as frustrações nos chegam para mexerem com nossos conteúdos mais profundos, a ponto de sacudir a poeira que nos cega diante da Verdade. É muito fácil culpar o outro pelo que acontece a si. Difícil é culpar a si pelo que se faz ao outro. Olhar para dentro é sempre difícil, mas revela o que deixou de fazer aqui fora. Nada pode contentar mais o coração de um ignorante do que despertar de sua ignorância. Não acredite nos políticos...
Não acredite nos religiosos...
Não acredite nas "verdades" alheias...
Questione o tempo todo como um ser livre e pensante, e não como um indivíduo manipulado pela crença de ser feliz. A liberdade repousa nisso. Quebrar os condicionamentos da mente que devaneia requer constante treinamento de atenção, presença na realidade e compreensão da própria ignorância. Aprenda a questionar como um ser humano livre, para não ser convencido pela ignorância disfarçada de erudição. Às vezes, convicções de outrora não definem a paz que tanto buscamos. Talvez o eco de nossos ancestrais que sussurra em nosso presente precise ser revisitado e reeducado. Afinal, se tudo está em constante transformação por que sustentar o insustentável? Contudo, avance pelo tempo sem desprezar seu passado. Pois não é o futuro que nos puxa, mas sim, o passado que nos empurra. Não abra mão de seus valores em razão de conveniências alheias. Isso lhe trará sofrimento. Pois sofrimento que pode ser evitado é sofrimento que não existe. A razão nem sempre tem razão. Creio que a verdade por excelência está na realidade aliada ao coração - ao espírito. Vai fazer a mesma coisa de ontem sem aprender nada de novo, hoje? Se sim, será mais um dia igual a todos, sem nenhum aprendizado, se não, será um dia a mais do que todos, te ensinando como acessar o que te dá sentido de existir! Nem sempre a solidão (solitude) é algo ruim. Às vezes, ela nos abre possibilidades incríveis que estão, para quem deseja olhar, no horizonte do próprio coração. Afinal, onde mais eu encontraria refúgio senão no âmago do meu ser; Exageros tendem à nocividade. Excesso de alegria é bom, mas costuma esconder as pedras do caminho. Muita tristeza não é adequado, e fecha-nos os olhos para possibilidades felizes. Então, o que fazer? Procure manter o equilíbrio e aprenda a buscar a moderação de que tanto precisa. O único desafio que vale a pena é aquele contra si mesmo. Tantas coisas nessa vida para fazer e tão pouco tempo para isso. Tantos lugares para acessar, dentro e fora do nosso ser. Por que nos prendemos tanto? Afinal, o que vale mais: o verbo Crer, Ter ou o Ser? Depois de décadas estudando e praticando as artes marciais, creio ter compreendido seu propósito. O verdadeiro inimigo não está fora, mas dentro de cada mim, mesmo. E o maior de todos os ensinamentos não está na Instituição ou personagem que seguimos, e sim na essência de nossa vocação existencial que descobre por qual motivo realmente nasceu. Assim como o maior de todos os inimigos está dentro de um coração não treinado, o maior de todos os Mestres se encontra apenas no âmago de um coração treinado. Dessa forma, nos ajustamos e podemos servir as pessoas a serem melhores, não pela doutrinação, mas pelo exemplo. É muito fácil machucar pessoas, difícil é saber como neutralizar a violência sem quebrar a harmonia da paz. Isso foi o que aprendi, certamente, de mais importante nas artes marciais.

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