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Banto Koka Ryu Banke Shinobi No Den



Uma escola de seculares tradições que mantém os velhos costumes japoneses.
A cerca de 800 anos surgiu uma das mais expressivas e misteriosas tradições guerreiras do Japão, no tocante a inteligência, a estratégia militar e principalmente à conquista de excelentes resultados nos campos de batalhas. Essa tradição ficou conhecida, historicamente, pelo nome de Shinobi No Jutsu (nome original da arte ninja). E particularmente, segundo a historiografia japonesa, a escola de formação shinobi mais atuante nesse cenário foi a Koka Ryu Banke Shinobi no Den, traduzindo, a transmissão secreta da arte das sombras da família Ban da província de Koka.
Essa rica tradição, depois de 800 anos de sigilo quase que absoluto, mais precisamente na década de 1960, ressurge como um fenômeno cultural, em favor, obviamente, da extinção da necessidade dos estrategistas shinobi no período moderno e, principalmente, por conta de inúmeros animes, filmes, mangas e peças teatrais que faz florescer o termo popular ninja e, daí por diante, a palavra ninja se torna um acontecimento pop, sendo utilizada por vários segmentos culturais e, particularmente, por pequenos grupos de artes marciais japonesas que, a partir da fundação de escolas e sistemas de ninjutsu ou ninpo (termos relativamente recentes na historiografia shinobi) começam a transmitir releituras de antigas tradições marciais embasadas ou conectadas com as artes shinobi. Porém, mesmo diante do fenômeno da ninja-mania e abertura de relevantes escolas modernas de ninjutsu no Japão, em sua maioria para ocidentais, a tradição secular shinobi mais autêntica permanecia, curiosamente, quase que no anonimato, e mesmo diante de comprovados fatos históricos, hoje facilmente acessados, foi pouco ou nada divulgado pela grande mídia. Essa tradição é conhecida como Banto Koka Ryu – Escola Koka da família Ban. fidedigna à arte shinobi mais autêntica e costumes da antiga cultura japonesa. Atualmente essa linhagem é representada pelo Soshike (herdeiro direto) Jinichi Kawakami – considerado pelo Departamento de História da Universidade de Mie-Ken, Japão, como sendo o último ninja vivo.
Na foto, acima, podemos ver as três maiores autoridades dessa tradição. Ao centro, o último ninja, Jinichi Kawakami, Soshike. A esquerda, o discípulo mais antigo e braço direito de Kawakami Soshike, Kiyomoto Sensei. E a direita, o único ocidental até o presente momento autorizado a falar em nome da família Ban, Shihan (mestre) Jose Defez, de Valência, Espanha. Na cidade de São Paulo há um grupo de estudos oficial, no bairro oriental, sob a coordenação do Sensei Shiun (Jefferson Flausino), na segunda foto, acima, com o Shihan Defez.
Um outro fato curioso importante de salientar é que Kawakami Sensei, mesmo sendo oficializado pelo Japão como o último ninja vivo, treinado nos moldes da antiga arte secreta, jamais reivindicou a autoridade sobre nada. Tão pouco se intitula como o último shinobi. Pois, na verdade, são os outros que assim o chamam. É algo, a meu ver, interessante para se refletir.